No final de novembro de 2020, o QuintoAndar adotou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como base dos reajustes anuais de aluguel. Desde então, a imobiliária digital já soma mais de 35% contratos pelo IPCA. A troca de indexador aconteceu para evitar impactos negativos da volatilidade do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) para inquilinos e proprietários.
Enquanto o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil, o IGP-M sofre impacto, principalmente, por ser muito sensível à variação do câmbio.
“O IPCA tem se mostrado a melhor alternativa para locadores e locatários que precisam reajustar os contratos com menor impacto”, afirmou diz José Osse, Head de Comunicação do QuintoAndar.
O índice para inquilinos e proprietários
Para o inquilino, a volatilidade do IGP-M representa o risco de altas muito elevadas, descoladas da realidade econômica do dia a dia. E isso é o que tem acontecido de fato, desde o fim do primeiro trimestre de 2020.
Já para o proprietário, um grande aumento no preço do aluguel eleva as chances de o contrato ser encerrado antes do prazo e o imóvel ficar vago, pelo fato de o locatário não querer ou não ter condições de arcar com o reajuste.
Negociação proativa de contratos pelo IPCA
Desde a adoção do IPCA como índice oficial de reajuste de seus contratos de aluguel, o QuintoAndar já vem atuando para facilitar a negociação de reajuste entre inquilinos e proprietários, além de entrar em contato com os donos de imóveis sugerindo a aplicação proativa de taxas menores na correção dos aluguéis.
A decisão, porém, é inteiramente dos proprietários, que, caso tenha contrato com proposta firmada até 25/11/2020, pode optar por seguir com o IGP-M.
Percentual usado nos contratos pelo IPCA e IGP-M
Além disso, para o locador, sempre existe a chance de o IGP-M ficar negativo no acumulado de 12 meses, o que aconteceu pela última vez em 2017.
Tanto no IGP-M quanto no IPCA, o percentual usado para o reajuste de aluguel é o acumulado dos últimos 12 meses.
Acumulado do IGP-M nos últimos 12 meses
Nos últimos 12 meses até março, o IGP-M já acumulou alta de 31,31%, avanço puxado pelo grupo de preços ao produtor – que inclui produtos cotados em dólar como commodities – que começaram a acelerar em março de 2020.
Veja a evolução:
Acumulado do IPCA nos últimos 12 meses
No mesmo período dos últimos 12 meses, o IPCA segue mais estável, com alta acumulada de 5,20%. O indicador reflete melhor a realidade da maioria das pessoas, pois considera a cesta de bens ligadas ao consumidor, como transportes, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais.
Veja a evolução:
Outros fatores estimulam as renegociações de aluguel
A alta na taxa de desemprego também contribuiu para o aumento nas negociações do valor do aluguel. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, a taxa anual média de desemprego no Brasil fechou de 2020 em 13,5%, a maior já registrada desde 2012.
“A negociação continua sendo a melhor saída para evitar o encerramento precoce de contratos, que prejudica tanto o inquilino, que precisa buscar um novo imóvel e arcar com custos extras da mudança, quanto o proprietário, que corre o risco de ficar com o imóvel vazio e comprometer parte de sua renda”,
Ferramentas do QuintoAndar
Para ajudar inquilinos e proprietários que estão negociando o preço do aluguel, o QuintoAndar desenvolveu ferramentas que ajudam a calcular o valor do reajuste de aluguel, seja pelo IGP-M ou pelo IPCA.
Essa iniciativa facilita a tomada de decisão de milhares de inquilinos e proprietários, que têm dúvidas sobre os valores de reajuste.
Calculadora: reajuste de contratos pelo IPCA
Os contratos que fazem aniversário em setembro de 2024 terão reajuste de 4,24%.
Calculadora: reajuste de contratos pelo IGP-M
Os contratos que fazem aniversário no mês seguinte terão reajuste de 4,26%.
E-book: veja um estudo sobre a alta do IGP-M
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