Financiar um imóvel pode ser mais ou menos vantajoso de acordo com o momento em que o contrato é feito. Isso porque os juros imobiliários variam muito segundo a situação econômica do país, especialmente de acordo com a taxa Selic – e isso tem forte impacto no bolso de quem financia.

A taxa básica de juros da economia, que é referência para todos os empréstimos feitos no país, subiu, em menos de 2 anos, de 2% para 13,75%, puxando para cima os juros de todos os financiamentos, inclusive o imobiliário.

Acontece que, no momento, a perspectiva é de estabilização e queda da taxa Selic. Então, qual deve ser o impacto desse movimento para os juros do financiamento imobiliário? É isso que iremos responder no texto abaixo.

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O efeito da taxa Selic sobre os juros imobiliários

A taxa básica de juros do país, a Selic, definida pelo Banco Central, serve como referência para todos os empréstimos e financiamentos do país. 

Isso ocorre porque a Selic é uma remuneração fácil de ser obtida e com pouco risco: basta alocar o dinheiro no Tesouro Selic, com garantia do governo.

Assim, qualquer empréstimo que traga risco adicional ao credor tende a cobrar um pouco mais que os juros básicos. Ou seja, se a Selic sobe, os juros em geral sobem – e os juros imobiliários entram nessa conta.

A correlação, contudo, não é perfeita. Em outras palavras, os juros imobiliários sobem junto com a Selic, mas não na mesma intensidade.

Por exemplo, entre janeiro de 2021 e agosto de 2022, a taxa Selic escalou de 2% para 13,75%.

Enquanto isso, de acordo com o TradingView, as taxas médias do financiamento imobiliário praticadas pelos bancos saiu de 7,5% para 11,66% ao ano. Depois disso, com a Selic estável, a média chegou a 11,96% em abril de 2023.

Um fenômeno similar foi possível de observar entre 2016 e 2020, quando a Selic caiu de 14,25% para 2%. No mesmo período, a média dos juros imobiliários foi da casa dos 15% para a faixa dos 7% ao ano.

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Como vão ficar os juros imobiliários agora?

A subida da taxa Selic é uma medida extremamente impopular, pois, além de deixar as dívidas e financiamentos mais caros, coloca um “freio” na atividade econômica, prejudicando o crescimento, o PIB e a geração de empregos.

Entretanto, ela é fundamental para conter a inflação descontrolada. Por conta disso, quando a alta de preços começa a ficar sob controle, a tendência é a de que os juros voltem a cair.

É nesse cenário que o Brasil está hoje. Com a divulgação do IPCA de maio, estamos com uma inflação de 3,94% em 12 meses, cifra totalmente dentro da meta do país.

Com esses números e diante da pressão do governo, a tendência é a de que a taxa Selic caia em breve. Os juros, inclusive, estão estáveis há 10 meses – e a projeção do mercado (Boletim Focus de 05/jun/2023) é a de que caiam para 12,5% até o fim do ano, cheguem a 10% em 2024 e fiquem em 9% em 2025.

Nesse cenário, a tendência é a de que os juros do financiamento imobiliário comecem a cair nos próximos meses.

Como não existe uma correlação perfeita e os empréstimos dependem também de outros fatores, como recursos do FGTS e da poupança, essa queda deve ser leve e gradual.

O impacto dos juros imobiliários no seu bolso

Os juros do financiamento imobiliário na hora da contratação possuem forte impacto na vida financeira de quem adquire um imóvel.

Para exemplificar, vamos utilizar o exemplo de um financiamento que utilize uma taxa prefixada, a mais utilizada pelos bancos. Imaginemos três contratos diferentes:

  • Contrato A: taxa de 6% ao ano;
  • Contrato B: taxa de 9% ao ano;
  • Contrato C: taxa de 12 % ao ano

Considerando um valor financiado de R$ 500 mil, ao longo de 30 anos, pela tabela Price (prestações iguais), a parcela, em cada contrato, seria de, aproximadamente:

  • Contrato A: R$ 2.946,85 mensais;
  • Contrato B: R$ 3.897,41 mensais;
  • Contrato C: R$ 4.908,22 mensais.

Ao fim do financiamento, teria sido desembolsado o valor total de:

  • Contrato A: R$ 1.060.866
  • Contrato B: R$ 1.403.067
  • Contrato C: R$ 1.766.959

Embora a diferença percentual dos juros pareça pequena, isso mostra o quanto impacta o bolso de quem contrata um financiamento.

Além da taxa em si, é importante ficar atento também a outros custos e também ao indexador que pode se somar à taxa. No geral, utiliza-se a TR, mas também há opções como poupança e IPCA (com o histórico instável do Brasil, é extremamente arriscado).

Leia mais: Guia completo sobre a taxa de financiamento

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Desse modo, além de ler o cenário, o comprador de imóveis precisa pesquisar para saber onde obter a melhor taxa de financiamento.

Quem compra pelo QuintoAndar, além de contar com um processo ágil e sem burocracias, pode comparar as melhores taxas do mercado e ainda tem à disposição a expertise de um especialista, que irá te orientar sobre como proceder com o financiamento.

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