O mercado imobiliário nacional teve alta de lançamentos e vendas no último ano, mas entrou em trajetória de queda nos últimos meses. A informação consta em pesquisa divulgada no final de fevereiro pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). 

Em 2021, os lançamentos avançaram 25,9% em relação ao ano de 2020, chegando a 265.678 unidades. No mesmo período, as vendas cresceram 12,8%, para 261.443 unidades.

Já no quarto trimestre de 2021, houve uma deterioração de cenário. Os lançamentos tiveram uma leve alta de 1,9% em relação ao mesmo intervalo de 2020, para 85.011 unidades. Já as vendas encolheram 9,7%, para 65.232 unidades.

O estoque de imóveis residenciais novos (na planta, em obras e recém-construídos) aumentaram 3,8% em 2021 ante 2020, para 232.566 unidades.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, explicou que os custos de produção, especialmente de materiais de construção, subiram muito, forçando as empresas a aumentar os preços de vendas das casas e apartamentos. 

O problema é que os novos preços já não cabem mais no bolso de quem busca um imóvel novo. Segundo a pesquisa da CBIC, o preço médio dos imóveis residenciais subiu 10,38% em 2021, ficando abaixo do INCC, de 13,85%.

Martins mencionou que o mercado cresceu no acumulado de 2021 ajudado pelos juros baixos dos financiamentos imobiliários e porque ainda não havia tanta pressão de custos até o começo do último ano.

Mas ao longo do segundo semestre, a situação virou: houve aumento dos juros e necessidade de repasse dos custos dos insumos para o valor final dos imóveis. Por consequência, houve uma mudança na curva de vendas, que se estabilizou e depois entrou em declínio.

Martins comentou que o mercado ainda está aquecido, porque há muitas obras em andamento. No setor, as obras começam entre seis a oito meses após os lançamentos. Com isso, tem faltado mão de obra neste momento, disse o presidente da CBIC.

Mercado quente para imóveis antigos

Na prática, a notícia dada pelo CBIC acende um sinal amarelo para os envolvidos com o mercado de imóveis novos. Em sentido oposto, esquenta o mercado secundário, de imóveis usados, exatamente como os comercializados dentro da plataforma do QuintoAndar.

“Com a tendência de declínio de lançamentos, a tendência é de valorização dos imóveis no mercado secundário”, afirma o professor Fernando Gallo, da FGV. 

“É de se esperar um aquecimento no setor principalmente a partir do segundo semestre de 2022”, diz.

Invista no mercado imobiliário

Momentos de oscilação do mercado são ideais para a entrada do investidor. Se você está em busca de imóveis tanto para investir quanto para morar, aproveite as oportunidades do QuintoAndar.

Descomplicamos a vida de quem tem múltiplos imóveis
Descomplicamos a vida de quem tem múltiplos imóveis Descubra como

Com o auxílio de nossa consultoria especializada, é possível fazer simulações e, inclusive, negociações de financiamento nos maiores bancos do mercado. Tudo para garantir que você encontrará as melhores taxas. Assim, você ganha ainda mais agilidade no processo de liberação do seu crédito imobiliário e pode adquirir o seu imóvel antes do que imagina!