Se você está se planejando para realizar o sonho da casa própria e não tem condições de fazer a compra à vista, um tópico que precisa estar na sua mente desde o início de sua organização financeira é a taxa de financiamento imobiliário.
O percentual de juros que incidirá na liberação do seu crédito imobiliário é crucial para você saber se terá condições de arcar com um compromisso que poderá durar 35 anos (ou 420 prestações).
Neste artigo, você vai saber tudo o que precisa sobre a taxa de financiamento imobiliário para a aquisição do seu imóvel. Além disso, também vai descobrir o valor dos juros cobrados pelos principais bancos do Brasil.
E aqui fica uma dica: não deixe de ir até o final deste texto para descobrir como uma consultoria imobiliária pode ser fundamental para que você faça o melhor negócio possível nessa compra tão importante.
Navegue pelo conteúdo:
- O que é a taxa de financiamento imobiliário?
- Como a taxa de financiamento imobiliário é calculada?
- Como a taxa de juros de financiamento afeta o custo final do imóvel?
- Como é composto o valor da prestação de um financiamento?
- O que é o Custo Efetivo Total (CET)?
- Como a taxa Selic influencia um financiamento de imóvel?
- Evolução da taxa Selic em 2021/2022
- Como ficou a Taxa Selic em 2023?
- Relação entre a Selic e os juros imobiliários
- Quando a Selic sobe o financiamento imobiliário fica mais caro?
- Qual a melhor taxa de juros para financiamento imobiliário?
- É possível negociar a taxa de juros imobiliários?
- Linhas de crédito imobiliário
- Quais as taxas de financiamento imobiliário nos principais bancos?
- Taxas de financiamento imobiliário do Banco do Brasil
- Taxas de financiamento imobiliário do Bradesco
- Taxas de financiamento imobiliário da Caixa
- Taxas de financiamento imobiliário do Itaú Unibanco
- Taxa de financiamento imobiliário do Santander
- Caixa reduziu taxa de juros do crédito imobiliário em março de 2022
- Como escolher a melhor taxa de juros conforme as necessidades do cliente?
- O tempo do financiamento interfere na taxa de juros?
- O que é a portabilidade de financiamento imobiliário?
- Dicas para quem está considerando um financiamento imobiliário
- 1. Estude e faça um bom planejamento
- 2. Acompanhe os programas governamentais
- 3. Fique de olho no seu financiamento
- Existem outras alternativas a não ser fazer um financiamento?
- Melhores condições de crédito imobiliário desde o início da compra

O que é a taxa de financiamento imobiliário?
A taxa de financiamento imobiliário representa os juros cobrados pelas instituições financeiras na hora de liberar um crédito para aquisição de imóvel.
O economista e assessor de investimentos Matheus Espaires define a taxa de financiamento imobiliário da seguinte forma:
“São os juros pagos à instituição financeira que intermediou a aquisição do imóvel. Basicamente é um aluguel que se paga a quem emprestou o dinheiro que foi usado para a compra do imóvel.”
Ou seja, o banco empresta o dinheiro para a compra do seu imóvel. Mas ele precisa, de alguma forma, lucrar com essa operação. E esse lucro vem com os juros cobrados nas prestações do financiamento imobiliário.
Um contrato entre o banco e você é feito. Mas antes a instituição financeira vai se certificar de que você cumpre todas as exigências para que as parcelas mensais sejam pagas normalmente até o fim do financiamento que, como já dissemos, pode ser de até 35 anos.
Desse modo, existem 3 tipos de taxas de juros de financiamento imobiliário, calculados de acordo com as taxas:
- Taxa nominal: a taxa nominal são os juros, propriamente ditos, de um financiamento imobiliário e deve ser mencionada em todos os contratos. Essa taxa é fixa por um ano e não sofre variações durante os meses, mas pode-se ter variações entre os anos.
- Taxa real: a taxa real é a taxa de juros nominal corrigida pela inflação do país;
- Taxa efetiva: é a taxa nominal quando existe capitalização. Assim ela passa a se chamar taxa efetiva. Quando os juros são incorporados ao capital inicial, o valor a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal, pois houve capitalização.
Como a taxa de financiamento imobiliário é calculada?

Matheus Espaires
Economista e Assessor de Investimentos
Saber exatamente qual é a taxa de um financiamento imobiliário é algo que depende de cada contrato, isso porque a taxa pode variar por diversos motivos, como a localização do imóvel, o valor do empréstimo em relação ao valor total do imóvel, a renda familiar e o grau de “bom pagador” do indivíduo que irá realizar o empréstimo (conhecido como score de crédito ou pontuação Serasa).
Em outras palavras, o cálculo da taxa do financiamento imobiliário pode variar de contrato para contrato, pois depende de uma série de fatores, como:
- Valor do imóvel;
- Localização;
- Montante do empréstimo;
- Renda do solicitante;
- Nível de bom pagador, que pode ser determinado pelo Serasa Score, uma pontuação que mede a probabilidade de uma pessoa arcar ou não com suas dívidas baseado em seu histórico. Se a pontuação for muito baixa, o banco pode elevar a taxa de juros como uma forma de se precaver.
De qualquer maneira, grande parte dos contratos desse tipo acordam uma taxa pré-fixada, assim o contratante sabe exatamente a porcentagem de juros associada à dívida até o fim dos pagamentos.
Como a taxa de juros de financiamento afeta o custo final do imóvel?
Por se tratar de uma dívida de longo prazo, a taxa de juros de financiamento terá um grande peso sobre o valor total do imóvel, já que estamos falando de juros que vão incidir sobre os pagamentos por décadas.
Então, é sempre interessante buscar por taxas menores, que vão representar uma boa economia no fim do processo.
Porém, como destaca Matheus Espaires:
“Não basta olhar apenas para a taxa do financiamento em si, mas deve-se observar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que é a taxa final que você irá pagar pelo empréstimo no banco”
Alguns desses custos extras inseridos no CET são a avaliação do imóvel, tarifas bancárias e seguro obrigatório. Falaremos mais sobre esses valores nos próximos tópicos.
Como é composto o valor da prestação de um financiamento?
O valor da prestação de um financiamento imobiliário é resultado da soma de várias partes. Uma parcela se destina à amortização da dívida, outra ao pagamento de juros e outra ao seguro. E, finalmente, uma parcela correspondente à taxa de administração do contrato.
Leia também: Qual é a renda mínima para financiar um imóvel?

O que é o Custo Efetivo Total (CET)?
Em uma compra de imóvel financiado, além das taxas de juros de financiamento imobiliário, há incidência de tarifas, encargos e outras taxas que, com os juros embutidos nas prestações, compõem o Custo Efetivo Total (CET).
Essa sigla de três letrinhas também deve estar sempre no seu radar ao comprar um imóvel.
Veja alguns dos principais custos extras que compõem o CET:
- Taxas de análise de crédito: cobrança feita para cobrir os custos da avaliação do perfil de crédito do interessado no crédito imobiliário;
- Abertura de cadastro: apesar de não ser obrigatória, a Taxa de Abertura de Cadastro (TAC) é cobrada por muitas instituições;
- Taxas administrativas: tarifas que variam de banco para banco e são cobradas para questões como manutenção de cadastro, por exemplo;
- Seguros: muitas instituições financeiras exigem a inclusão de seguros que garantam o pagamento das prestações do financiamento, no caso de morte ou perda de emprego por parte da pessoa que tomou o crédito;
- Imposto sobre Operação Financeira (IOF): tributação obrigatória, que incide em diversas operações financeiras e que precisa ser incluída no valor total do crédito imobiliário.
O Banco Central tem uma resolução que obriga a instituição financeira a expor, de forma clara no contrato de empréstimo, todas as informações e valores do Custo Efetivo Total.
Dessa forma, quem faz a solicitação de um financiamento imobiliário pode ter uma noção exata de quanto gastará com a tomada de crédito.
Como a taxa Selic influencia um financiamento de imóvel?
A maioria dos recursos usados pelos bancos para a concessão de crédito imobiliário vem da Poupança, que tem um custo de 70% da Selic —taxa básica de juros da economia brasileira, determinada a cada 45 dias em reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) — para as instituições financeiras.
Ou seja, quanto mais alta é a taxa básica de juros, mais os bancos pagam pelos recursos que destinam ao financiamento imobiliário.
Para entendermos melhor essa taxa, vamos considerar o histórico recente da Selic. Por exemplo, no ano de 2020 ela encerrou em seu mais baixo patamar histórico: apenas 2% ao ano, o que tornou o momento favorável para a compra de imóveis.
Já em março de 2021, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros pela primeira vez em seis meses, para 2,75%. Durante o ano de 2022 e até o início de 2023 a Selic teve uma série de aumentos consideráveis, atingindo 13,75%
Veja abaixo mais detalhes dessa evolução
Evolução da taxa Selic em 2021/2022
Data da reunião do Copom | Percentual no ano |
17 de março de 2021 | 2,75% |
05 de maio de 2021 | 3,50% |
16 de junho de 2021 | 4,25% |
04 de agosto de 2021 | 5,25% |
22 de setembro de 2021 | 6,25% |
27 de outubro de 2021 | 7,75% |
Fevereiro de 2022 | 10,75% |
15 de junho de 2022 | 13,25% |
03 de agosto de 2022 | 13,75% |
21 de setembro de 2022 | 13,75% |
26 de outubro de 2022 | 13,75% |
07 de dezembro de 2022 | 13,75% |
Como ficou a Taxa Selic em 2023?
A Taxa Selic entrou em 2023 em 13,75% ao ano, uma alta intensa em comparação, por exemplo, com a de 2% ao ano em 2020. Esse aumento tem um impacto direto nos juros de um financiamento imobiliário.
Segundo levantamento do Melhor Taxa, a média das taxas de juros cobradas por bancos saiu de 6,96% em 2021 e pulou para 9,33% em 2022. Isso afeta na liberação de crédito para financiamento de imóveis, já que o crédito ficou mais caro.
Assim, os bancos começaram o movimento de segmentar clientes por renda, onde pessoas com renda mais alta tem maior facilidade na liberação de crédito e pagam taxas mais baixas, pois existe uma “garantia de pagamento”.
Já para pessoas com renda considerada intermediária e baixa, as taxas de juros são mais elevadas, o que complica a liberação de crédito.
Em contrapartida aos outros bancos, a Caixa Econômica Federal é a única que subiu suas taxas mínimas de juros de 8,30% para apenas 8,90% ao ano. Ou seja, a instituição continua sendo a melhor opção para quem procura juros de financiamento imobiliário mais baixos.
Vale lembrar também que, caso a taxa Selic sofra novas altas, há a possibilidade de os bancos subirem ainda mais suas taxas.
O Boletim Focus, do Banco Central do Brasil, trouxe uma projeção de 12,50% para 2023.
Relação entre a Selic e os juros imobiliários
Desde julho de 2016, quando estavam em seu patamar mais alto (11,39% a.a.), os juros imobiliários caíram e alcançaram, ao final de 2020, o mais baixo patamar da história, na casa dos 7%.
Com a evolução da Selic, tendo como base a taxa de dezembro de 2022 (13,75%), os custos para os bancos na liberação do crédito imobiliário ficaram em 9,33% (67% da Selic em questão), ainda abaixo da média das taxas de financiamento imobiliário.
Essa diferença entre o custo (9,33%) e a taxa Selic (13,75%) é chamada de spread bancário. Com a diminuição desse spread, especialistas de mercado já começam a prever um aumento nos custos do financiamento de imóveis.
Quando a Selic sobe o financiamento imobiliário fica mais caro?
Sim. Mas essa relação não é tão simples e exata, porque a taxa de juros do financiamento imobiliário não aumenta ou cai na mesma proporção da variação da Selic.
Por exemplo, no início de 2021, a Selic estava em 2%, e terminou em 10,75% ao ano. Ou seja, houve um aumento de quase 8%. Já os juros do financiamento imobiliário subiram cerca de 2,4% ao ano.
Os juros não acompanham fielmente o aumento da Selic. Mas se ela aumentar, haverá um crescimento, mesmo que menor, dos juros de crédito imobiliário.
Então, se a Selic cai, os juros também baixam? Sim, mas seguindo a mesma lógica que explicamos acima. Provavelmente essa baixa não será imediata.
Entretanto, pode-se ter esperanças, pois as instituições financeiras precisam fazer negócios com os clientes e quanto menor as taxas de juros, mais gente se interessa no crédito imobiliário.
Qual a melhor taxa de juros para financiamento imobiliário?
Matheus Espaires destaca que as melhores taxas de financiamentos imobiliários serão aplicadas aos clientes que se enquadram nas faixas do programa do governo Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida.
Nessa modalidade o próprio governo subsidia parte do valor do imóvel, ajudando na aplicação de taxas mais baixas:
- Famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.400,00: taxa de juros do seu financiamento pode chegar até 4,25% a.a.
- Renda bruta de R$ 2.400,01 até R$ 3.000,00: a taxa de juros pode chegar 4,75% a.a.
- Renda bruta de R$ 3.000,01 até R$ 3.700,00: a taxa de juros pode chegar até 5,50% a.a.
- Renda bruta de R$ 3.700,01 até R$ 4.400,00: a taxa de juros pode chegar 6,5% a.a.
- Renda bruta de R$ 4.400,01 até R$ 8.000,00: para essas famílias, na aquisição da casa própria, é disponibilizada taxa de juros nominal de 7,16% a.a.
Mas, para quem não pode usufruir dessa modalidade as taxas de juros de financiamento imobiliário variam de acordo com três fatores fundamentais:
- Perfil de crédito cliente;
- Prazo do financiamento;
- Relacionamento com o banco.
As instituições financeiras liberam a taxa de financiamento de acordo com uma avaliação de risco individual de cada pessoa que solicita o crédito. Mas não são apenas o seu histórico de crédito e a sua pontuação junto aos sistemas de proteção ao crédito – como Serasa e SPC – que contam nessa avaliação.
O relacionamento com a instituição também é muito importante na hora de garantir a melhor taxa de financiamento imobiliário possível.
Na maioria das vezes os bancos tentam condicionar uma melhor taxa à adesão de outros produtos e serviços que oferecem, como cartões de crédito, investimentos, previdência privada ou mesmo portabilidade do salário para a instituição.

É possível negociar a taxa de juros imobiliários?
Isso depende do seu poder de barganha, mas não é impossível negociar a taxa de financiamento imobiliário. Porém, a melhor dica que podemos te oferecer é usar os produtos do banco em questão e firmar esse relacionamento. Assim fica um pouco mais fácil conseguir uma taxa de juros melhor.
Outra dica é sempre manter seus pagamentos em dia e ter uma constância na sua renda. Além disso, é importante pesquisar as taxas de juros da concorrência para tentar uma “cobertura da oferta” pelo banco que você escolheu.
Linhas de crédito imobiliário
Ao contratar um financiamento imobiliário, você vai precisar estudar e fazer simulações em relação às linhas de crédito oferecidas pelos bancos. E você tem dois caminhos:
- Optar por uma linha de crédito prefixada, que não oferece o risco de aumentos bruscos na sua parcela de acordo com flutuações do mercado;
- Fechar uma linha atrelada a algum indexador econômico.
No primeiro caso, a desvantagem é que a estabilidade significa percentuais mais altos de juros, logo maiores taxas de financiamento imobiliário.
No segundo caso, as mais tradicionais do mercado imobiliário são aquelas atreladas à Taxa Referencial (TR), que estava zerada até novembro de 2021, mas que atingiu o patamar de 0,21% em dezembro de 2022.
Ao financiar um imóvel com esse tipo de linha de crédito, você paga uma taxa de juros pré-fixados pela instituição financeira + TR.Já nas linhas de crédito que são atreladas ao rendimento da poupança, o impacto é imediato nas parcelas do financiamento, uma vez que a Selic influi diretamente na rentabilidade da poupança.
Há também as linhas de crédito atreladas ao IPCA, que é a inflação oficial do país. Essas são as mais sensíveis. São afetadas imediatamente por um cenário de maior alta, uma vez que a inflação está entre os principais fatores que o Copom avalia para o aumento da Selic, que é usada numa forma de coibir o aumento dos preços.
Quais as taxas de financiamento imobiliário nos principais bancos?
As taxas de juros de financiamento imobiliário ao ano (a.a.) dos principais bancos brasileiros aumentaram com a disparada da taxa Selic.
Líder no segmento de crédito imobiliário no país, a Caixa Econômica Federal foi uma das últimas a reajustar os juros, mas suas taxas sofreram dois aumentos em fevereiro e agosto de 2021, chegando a 8,99%. Mesmo assim, ainda é a menor taxa de financiamento imobiliário entre os grandes bancos.
Com aumento constante da taxa Selic, nenhuma das grandes instituições financeiras deixou de reajustar seus percentuais, principalmente em dezembro de 2021.
O Itaú Unibanco aumentou a taxa mínima de sua mais tradicional linha de crédito imobiliário para 9,10%% ao ano + TR. Em seguida, no mês de junho, um novo reajuste elevou a taxa para 9,50%Já o Banco do Brasil atualizou suas taxas também em dezembro de 2021 de 7,95%% para 9,15%% ao ano + TR, depois para 9,39%
No Bradesco, que antes partia de 8,50%, a taxa mínima subiu para 9,50% ao ano no mês de dezembro..
No mesmo mês, o Santander aumentou sua taxa para 9,99%, ficando acima de seus concorrentes. Mas, em junho de 2022, a instituição voltou atrás e corrigiu o valor para 9,49%.
Veja abaixo como ficaram as taxas de financiamento imobiliário nos principais bancos. Lembrando que os valores indicados na tabela estão no limite mínimo cobrado pelas instituições financeiras e que a sua taxa final dependerá de outros fatores, como a sua situação de crédito e o seu relacionamento com o banco.
Veja o passo a passo de como seguir com a compra do seu imóvel via financiamento.
Taxas de financiamento imobiliário do Banco do Brasil
Banco do Brasil – TR | 9,39% a.a. + TR |
Taxas de financiamento imobiliário do Bradesco
Bradesco – TR | 9,5% a.a. + TR |
Bradesco – Poupança + | 8,76% a.a. + Poupança |
Taxas de financiamento imobiliário da Caixa
Caixa – TR | 8,9% a.a. + TR |
Crédito Imobiliário Poupança Caixa | 2,8% + Poupança + TR |
Caixa – IPCA | 4,15% a.a. + IPCA |
Caixa – Taxa fixa | 9,75% a.a. |
Taxas de financiamento imobiliário do Itaú Unibanco
Itaú Unibanco – TR | 9,51% a.a. + TR |
Itaú Unibanco – Poupança | 9,06% a.a. + Poupança |
Taxa de financiamento imobiliário do Santander
Santander – TR | 9,4999% a.a. + TR |
Caixa reduziu taxa de juros do crédito imobiliário em março de 2022
A Caixa Econômica Federal, principal instituição do Brasil para o segmento de financiamento imobiliário, reduziu a taxa de juros do crédito imobiliário na modalidade indexada à poupança. As novas taxas partem de de TR + 2,80% ao ano, somadas à remuneração da poupança.
Na ponta do lápis, isso representa uma queda de 0,15 ponto porcentual. A nova taxa é válida para as contratações assinadas após o dia 28 de março de 2022.
A informação foi divulgada pela Caixa um pouco antes de começar o evento Summit Abrainc 2022, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) com empresários do mercado imobiliário. O presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, participou do evento.
O banco também lançou novas linhas de crédito para reforma e adaptação de imóveis destinados a Pessoas com Deficiência (PcD). A nova linha também ficou disponível para os investidores em 28 de março de 2022.
O dinheiro para essa nova linha veio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do programa Casa Verde Amarela.A nova modalidade terá teto de financiamento de R$ 50 mil, que é limitado em até 80% do orçamento da obra. A taxa de juros será novamente a TR, acrescida de uma taxa fixa de 4,25% ao ano. O prazo de pagamento será de 240 meses e o rendimento bruto mensal máximo do tomador é de até R$ 3 mil.
Como escolher a melhor taxa de juros conforme as necessidades do cliente?
A taxa de financiamento imobiliário pode ser de dois tipos. A primeira é formada por um percentual baixo acrescido de algum indicador importante da economia, como o IPCA. Um exemplo, nesse caso, seria IPCA+3,25%.
A segunda opção é uma taxa pré-fixada, por exemplo, 7,5%. Então, é essencial estudar e entender essas duas opções para fazer uma escolha vantajosa.
O economista Matheus Espaires dá preferência para a taxa pré-fixada, e ele explica o motivo:

Matheus Espaires
Economista e Assessor de Investimentos
Em suma, como estamos em um país com ciclos econômicos acentuados, pode-se classificar que as taxas pré-fixadas possuem maior previsibilidade em relação às taxas com corretor monetário. Dessa forma, para um financiamento de longo prazo, é preferível uma taxa pré-fixada.
O tempo do financiamento interfere na taxa de juros?
Sim, a taxa de financiamento imobiliário é influenciada pelo tempo. Por isso, deve-se ter atenção a prazos muito longos, pois o valor do financiamento pode duplicar o valor inicial ou até mesmo triplicar.
Desse modo, o indicado é fazer as simulações e as contas para não pagar muito além do valor inicial. Por mais que o valor das parcelas não mude tanto nos 30 anos, fazendo as contas você terá uma noção do total desse valor somado aos juros.
O que é a portabilidade de financiamento imobiliário?
Portabilidade de financiamento imobiliário é a transferência de uma operação de crédito, feita a pedido do cliente, de uma instituição financeira para outra. A pessoa que opta por esse tipo de operação busca condições mais vantajosas em relação ao contrato original de financiamento.
Ou seja, se você fechar hoje a compra de um imóvel financiado, não significa que estará preso até o final das prestações nas mesmas condições. Você sempre pode seguir buscando condições melhores para, caso encontre, migrar seu contrato para outro banco.
Dicas para quem está considerando um financiamento imobiliário
Para adquirir o seu imóvel e fazer o pagamento de forma tranquila, é essencial seguir algumas dicas.
1. Estude e faça um bom planejamento
Entender o mercado e tomar uma decisão planejada é essencial para evitar futuras dores de cabeça.
Um dos exemplos do conhecimento necessário é em relação ao sistema de amortização, que deve ser definido no início do contrato e pode alterar o valor final do imóvel.
Matheus Espaires apresentou e explicou as duas possibilidades:
- SAC – Sistema de Amortização Constante: nesse sistema a amortização é constante e os juros reduzem ao longo do tempo. Em termos práticos, o comprador vai pagar parcelas mais altas logo no início, mas o valor reduz com o passar dos anos. É ideal para quem tem um maior poder financeiro no início do contrato;
- Tabela Price: o valor de amortização aumenta ao longo do tempo e os juros reduzem. Porém, a amortização é mais lenta, o que faz com que os juros totais sejam maiores no final. Uma vantagem é que as parcelas iniciais são baixas, o que ajuda famílias que estão em uma fase de menor poder aquisitivo.
Outro fator essencial é fazer comparações entre as condições das principais instituições financeiras.
2. Acompanhe os programas governamentais
Programas como o Minha Casa Verde e Amarela passam por atualizações ao longo do tempo. Então, se você faz parte de um dos grupos elegíveis, não deixe de acompanhar as novidades, pois boas oportunidades podem surgir.
3. Fique de olho no seu financiamento
Ao longo das décadas em que o financiamento estiver ativo muitas coisas podem mudar. Por isso, atente-se à evolução do seu contrato e não deixe de observar outras instituições.
Caso surja condições mais vantajosas é possível pedir a portabilidade do financiamento e até conseguir algum desconto.
Existem outras alternativas a não ser fazer um financiamento?
Sempre citamos o financiamento como forma de conquistar um imóvel, porque ele é a maneira mais conhecida e segura, mesmo que burocrática.
No entanto, existem outras alternativas, como fazer o pagamento à vista ou conseguir crédito em fintechs, que, conforme definição do Banco Central, são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso de tecnologia, com potencial para criar modelos de negócios.
Assim, elas atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.
E, sim, procurar essas empresas pode ser uma opção. O processo de análise de crédito é mais flexível. Mas, em contrapartida, os juros praticados são mais altos. Além de que, o financiamento é indexado ao IPCA (Índice de Inflação do Consumidor) e assim o valor da parcela pode oscilar (bastante) no decorrer do tempo.
Outra alternativa é entrar em um consórcio. Dessa maneira, não há taxa de juros, mas tem a taxa de administração — que costuma ser maior que a taxa de juros dos bancos tradicionais.
Ou seja, existem outras formas de conquistar seu imóvel próprio, mas todas têm seus prós e contras.
Por isso, antes de fechar qualquer negócio, pense bem, analise a sua situação e a do mercado. Se precisar, conte com um serviço de consultoria.
Melhores condições de crédito imobiliário desde o início da compra
O QuintoAndar é uma plataforma de moradia que lidera o mercado de aluguéis residenciais no Brasil. Aqui, você consegue saber de cara todas as estimativas dos custos da compra do seu novo lar, sem informações escondidas.
Somos uma plataforma transparente e sem burocracias. Aqui, você pode contar com nossa orientação e conteúdos informativos para ajudar a escolher e negociar o melhor financiamento imobiliário para a sua realidade.
Além disso, você pode utilizar o nosso simulador de financiamento e calcular o valor ideal do seu imóvel baseado na sua renda. Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre essa inovação do QuintoAndar:
