Tenha o investidor o dinheiro disponível para adquirir um imóvel à vista ou não, o modelo de pagamento costuma ser uma grande dúvida para a compra.

Afinal, vale a pena dispor de um montante elevado “no ato” para evitar os juros? Ou ainda poupar por muitos anos e esperar para adquirir à vista, a fim de evitar as parcelas que chegam a durar décadas?

Infelizmente, não existe uma resposta pronta. A definição do que é melhor depende de uma série de variáveis, algumas relativas à economia como um todo e outras associadas à vida financeira do comprador, entre elas:

  • Há dinheiro disponível para comprar à vista?
  • O comprador vai se livrar do aluguel ao assumir alguma dívida?
  • Pretende explorar o imóvel enquanto paga o financiamento?
  • Quais as perspectivas de juros para os próximos anos?
  • O comprador terá custos adicionais além da aquisição do imóvel?

Colocar tudo no papel antes de tomar uma decisão é fundamental para não perder dinheiro. Para facilitar seu processo de escolha, separamos abaixo as principais vantagens e desvantagens de comprar um imóvel à vista ou financiá-lo.

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O que você ganha pagando à vista?

Não incidência de juros

A principal vantagem de pagar à vista é a de que você não vai precisar abrir mão do seu dinheiro por anos e talvez até décadas para pagar juros pelo uso do dinheiro do banco.

Muitas vezes, o valor nominal pago ao longo do tempo acaba sendo 3x, 4x, 5x a quantia financiada. Naturalmente, essa conta é um pouco enganosa, já que existe um custo de oportunidade do banco a ser coberto, além da correção pela inflação, mas é fato que financiar torna a aquisição mais cara.

Menor risco de descontrole financeiro

A decisão de financiar um imóvel precisa ser muito bem pensada; afinal, para a maioria das pessoas, trata-se de uma dívida de grande porte que vai consumir uma bela fatia da renda mensal.

Normalmente, o banco só aprova se a parcela corresponder a até 30% da renda mensal, o que já é apertado, mas podem surgir imprevistos como: desemprego, reajustes, aumento do custo de vida…

Para financiar, é preciso ter uma folga financeira e ao menos um “plano B”, para não ficar inadimplente, se atolando em dívidas e correndo o risco até mesmo de perder o imóvel para o banco.

Maior poder de barganha

No momento da compra, pagar à vista pode ser uma vantagem para o comprador obter melhores condições e preços ao negociar com o vendedor.

Afinal, além de receber em um tempo mais curto, o vendedor tende a priorizar quem compra à vista, já que um negócio fechado por meio de financiamento sempre tem a chance de “melar” por conta da possibilidade de o banco não aprovar.

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As vantagens de financiar a compra de um imóvel

Folga financeira e controle de fluxo de caixa

Embora seja tentador tentar comprar à vista quando há o dinheiro disponível, é preciso tomar cuidado para não “raspar o tacho” e correr o risco de não ter recursos para cobrir outras despesas.

Por mais que seja ruim pagar juros e ter saldo para quitar uma dívida, pior ainda é precisar de dinheiro para eventualidades e não ter essa verba disponível.

A preocupação é ainda mais importante quando já existe uma previsão de novos gastos associados à compra de um imóvel. Um casal que vai começar a vida, por exemplo, precisa pensar, além de um imóvel, em mobiliá-lo e decorá-lo, se casar… isso se não vierem filhos por aí.

Nesse sentido, o financiamento, ainda que parcial, pode ser uma opção para arrumar as contas até que haja folga financeira suficiente para quitá-lo.

Leia mais: Como se organizar financeiramente para comprar um imóvel?

Possibilidade de sacar o FGTS

No caso da compra da casa própria, uma das principais vantagens de financiar um imóvel é a possibilidade de dar liquidez ao dinheiro preso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Além de ser uma espécie de poupança forçada, o FGTS possui regras muito rígidas de resgate e rende apenas 3% ao ano, perdendo de longe para a Selic, a inflação e até para a própria poupança. Ou seja, qualquer oportunidade de tirar o dinheiro de lá deve ser pensada com carinho.

Diligência do banco

Especialmente para os compradores de primeira viagem – ou quando a compra não é executada por plataformas transparentes e bem estabelecidas como o QuintoAndar -, a inclusão de uma instituição financeira costuma ser boa por conta da verificação do imóvel e do proprietário, para averiguar se está tudo regular e se há alguma pendência.

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Juros e custo de oportunidade: o básico para avaliar se vale a pena fazer um financiamento

De maneira bem simplificada, existem quatro aspectos principais, do ponto de vista financeiro, para avaliar se vale à pena financiar ou comprar um imóvel à vista:

  • Os juros cobrados no financiamento;
  • A eventual rentabilidade do dinheiro disponível, caso fosse investido (de maneira geral, considera-se uma aplicação de baixo risco e alta liquidez, como o Tesouro Selic);
  • As saídas e entradas de caixa proporcionadas pelo imóvel, ou seja, se possuir o imóvel permitirá que o proprietário se livre do aluguel ou ainda gere renda alugando a propriedade;
  • A valorização do imóvel como investimento, principalmente quando o impasse é entre comprar financiado no momento ou esperar para comprar à vista.

Por exemplo, ao optar por pagar à vista, o investidor deixa de pagar juros ao banco, mas abre mão da rentabilidade que teria ao investir esse capital. Considerando que a taxa Selic está em 13,75% ao ano e a média de juros imobiliários está abaixo disso, no momento o ganho financeiro maior está em financiar o imóvel.

Naturalmente, essa situação não deve perdurar por décadas, mas para quem pensa em amortizar a dívida em pouco tempo pode ser um fator decisivo.

Outra avaliação interessante é a de que, no caso de quem não tem o dinheiro disponível, muitas vezes é feita uma comparação apenas da rentabilidade de investimentos com o custo do financiamento.

É importante notar, contudo, que o imóvel também se valoriza ao longo do tempo, o que interfere bastante na equação.

Não precisa ser “oito ou oitenta” – e lembre-se: nem toda projeção vai se realizar

Também é possível ficar no meio do caminho entre o financiamento tradicional e a compra à vista. Para quem está em dúvidas, ou tem mais recursos disponíveis, mas deseja ter folga de caixa, financiar uma parte menor do que a tradicional, como 50% do valor, pode ser uma boa opção.

Além disso, é muito difícil prever todas as variáveis de um contrato de longo prazo, que se estende por décadas. Ou seja: ao financiar, é preciso estar preparado para mudanças, especialmente quando se trata de reajustes ligados à inflação, TR ou poupança.

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