A realização do contrato de gaveta se dá ao realizar acordos de compra e venda de imóvel, transferindo o bem sem a anuência do outro contratante, ocultando o negócio de qualquer intervenção: ou de uma instituição financeira ou do CRI (Cartório de Registro de Imóveis).

Apesar dessa prática ser comum, ela pode apresentar riscos para uma das partes, caso o acordo não seja devidamente cumprido. Assim, caso você esteja pensando em fazer ou aceitar um contrato de gaveta, leia nosso conteúdo com atenção e saiba como se resguardar!

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O que é contrato de gaveta?

Contrato de gaveta é qualquer contrato realizado entre comprador e vendedor de forma privada, ou seja, apenas ambos possuem conhecimento da negociação. 

Dessa forma o contrato não passa pelo Tabelionato de Notas ou pelo Cartório de Registro de Imóveis, fazendo com que o imóvel passe a ser considerado irregular, trazendo diversos riscos à negociação.

O que diz a lei sobre os contratos de gaveta?

Todavia, existe uma exceção prevista em lei, referente à imóveis com o valor inferior a trinta salários mínimos, havendo reconhecimento jurídico para o contrato de gaveta. Conforme o art. 108 do código civil:

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Posto isso, mesmo que haja o reconhecimento jurídico, tal instrumento não é a forma mais segura para fazer a transferência de propriedade, acarretando em vários riscos tanto para o comprador quanto para o vendedor.

Você pode se perguntar então, quais são as consequências ao realizar a compra de um imóvel fazendo contrato de gaveta? Continue acompanhando para entender os perigos envolvidos!

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Quais os riscos de comprar um imóvel com contrato de gaveta?

Pode parecer vantajoso realizar uma transação de imóvel por meio de contrato de gaveta — já que o vendedor e o comprador não precisarão ir ao cartório para autenticá-lo e pagar as taxas necessárias. No entanto, a dor de cabeça para ambos não compensará a economia aparentemente feita.

O contrato, por não ser considerado um documento oficial, não é reconhecido pelo poder judiciário na legitimidade das cláusulas pactuadas.

Dessa forma, ao fazer o contrato de gaveta, os termos acordados dependem da boa-fé da parte que compra ou da parte que vende o imóvel. 

Caso os termos não sejam cumpridos, a ausência de registro tornará qualquer ação judicial em um processo mais complexo de se requerer ou exigir os direitos.

A seguir, veja os principais riscos para cada uma das partes.

Riscos do contrato de gaveta para o vendedor

Quem vende um imóvel utilizando um contrato de gaveta está sujeito a várias consequências. 

Talvez a mais comum seja o comprador não realizar o pagamento – e isso pode ser tanto das prestações no qual firmou no documento, dos impostos e tributos, ou até mesmo a taxa de condomínio.

Dessa forma, se o comprador, agindo-se de má-fé, deixar de arcar com o combinado, o vendedor terá dificuldades para exigir em juízo o cumprimento forçado da obrigação e receber a quantia devida.

Outra consequência do inadimplemento da obrigação de pagar acontece quando o imóvel ainda está sendo financiado, e o comprador no contrato assume a responsabilidade de continuar efetuando o pagamento das parcelas, mas não o cumpre.

O vendedor, nesse caso, é quem será cobrado pelas parcelas do financiamento. O banco pode, então, executar a dívida, pois no entendimento jurídico o vendedor ainda é o proprietário do imóvel e também o devedor dos valores devidos. Com a falta de pagamento, o seu nome pode ser incluído no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e no SERASA.

Vale ressaltar que devido ao contrato ser de gaveta, nem a instituição financeira nem qualquer outro terceiro tem conhecimento do acordo feito.

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Riscos do contrato de gaveta para o comprador

Para quem decide comprar um imóvel, é necessário ter ciência de alguns dos riscos mais comuns. 

Como dito, o contrato de gaveta não é um documento oficial. Assim, caso você opte por ele e faça a mudança para o imóvel, você estará morando em uma propriedade que não é registrada como sua. 

Em casos de falecimento do comprador, existe um risco da família perder o direito de habitar o imóvel, pois ele não poderá ser incluído na partilha de bens.

Além disso, o vendedor, de má-fé, pode usar da falta de segurança jurídica do contrato de gaveta para aplicar diferentes golpes, como: vender o mesmo imóvel para mais mais de uma pessoa ou, ainda, vender em contrato de gaveta para uma pessoa e legalmente para um terceiro. 

Caso a venda ao terceiro seja feita em cartório, o comprador “gaveteiro” não poderá desfazer essa operação. Considerando a falta de um documento registrado para impedir o negócio, ele pode apenas acionar a justiça para discutir a validade do contrato de gaveta e sua validade. Depois, caso seja considerado procedente, cobrar o que é de seu direito.

Como se proteger em um contrato de gaveta?

Conforme todos os riscos e inseguranças do contrato de gaveta, é de extrema importância que ambas as partes reconheçam a assinatura em cartório, registrando o contrato de compra e venda.

Também é importante guardar todos os recibos relacionados aos pagamentos do negócio ou das prestações — caso o imóvel ainda esteja financiado.

Porém, ainda com todas as precauções citadas, é imprescindível que seja feita a regularização da compra e venda do imóvel com o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Como comprar e vender um imóvel com segurança?

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