Se você é um dos milhares de brasileiros que sonha com a casa própria e busca por maneiras de viabilizar esse processo de acordo com sua realidade financeira, com certeza já ouviu falar sobre o subsídio do Minha Casa, Minha Vida

Afinal, esse programa do governo federal tem como objetivo tornar a aquisição do imóvel próprio mais acessível para famílias de baixa renda por meio de subsídios e condições de financiamento facilitadas. 

Nesse sentido, se você quer saber como a iniciativa funciona, quem tem direito e como calcular o valor do subsídio, continue a leitura deste artigo e veja como usar o recurso de forma eficiente na compra da casa ou apartamento dos seus sonhos. Vamos lá?!

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O que é o subsídio do Minha Casa, Minha Vida?

Em primeiro lugar, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) é um programa habitacional criado em 2009 pelo governo federal brasileiro para facilitar o acesso de famílias de baixa renda à moradia própria. 

Isso acontece por meio de subsídios que reduzem o valor do financiamento imobiliário, além de disponibilizar taxas de juros mais baixas para famílias com renda mensal ou anual dentro dos limites estabelecidos. Assim, o programa possibilita a aquisição da casa própria tanto em áreas urbanas quanto rurais em todo o território nacional. 

Como funciona o subsídio do governo para imóvel?

Imagem de uma família composta por um homem, uma mulher e duas crianças entrando em um imóvel com algumas caixas de papelão para ilustrar matéria sobre o subsídio do Minha Casa, Minha Vida
O programa MCMV é uma possibilidade para facilitar a aquisição do imóvel próprio para famílias de baixa renda

Por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, a União arca com um subsídio para viabilizar a aquisição da casa própria. 

Esse recurso financeiro é destinado a famílias que se enquadram nos critérios estabelecidos pelo programa e pode cobrir até 95% do valor do imóvel, a depender da faixa de renda familiar do beneficiário e outras condições específicas, como a localização do imóvel e até mesmo a modalidade de financiamento escolhida.

Assim, para calcular o subsídio, é levada em consideração a renda familiar bruta, que não pode ultrapassar os valores determinados por cada faixa de renda. No final, a redução no valor do imóvel financiado torna a compra mais acessível e viável para as famílias brasileiras. 

Como usar o subsídio do MCMV?

De modo geral, o subsídio concedido pela União por meio do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida deve ser usado única e exclusivamente como forma de abater o valor total do imóvel adquirido. Ou seja, o valor ajuda a reduzir o custo total com a aquisição e, consequentemente, o valor e quantidade de parcelas mensais do financiamento. 

Entretanto, vale lembrar que o subsídio não pode ser utilizado para pagar despesas adicionais como taxas cartoriais, imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI) e outras taxas bancárias. Nesse sentido, esses custos são de responsabilidade do comprador. 

Qual o valor do subsídio do Minha Casa, Minha Vida em 2024?

Imagem de uma mulher sentada em uma mesa mexendo em um computador e segurando um papel que está ao lado de uma casa em miniatura para ilustrar matéria sobre o subsídio do governo para imóvel, como funciona?
O programa Minha Casa, Minha Vida passou por algumas atualizações em 2024

Se você estiver se perguntando como saber o valor do subsídio do Minha Casa, Minha Vida, fique sabendo que, para o ano de 2024, o governo federal aumentou o orçamento destinado à iniciativa habitacional para R$ 13,7 bilhões – uma alta de aproximadamente 41% em relação ao ano anterior. 

Outra novidade é que o Ministério das Cidades deve selecionar mais de 187 mil moradias para famílias que se enquadram na faixa 1 do programa. Além disso, o valor total imóvel também recebeu ampliação tanto para áreas urbanas quanto rurais. 

Todavia, esses valores podem variar de acordo com o porte da cidade e a faixa de renda em que o comprador se enquadra. Fora isso, todas as demais regras de participação já estabelecidas se mantêm inalteradas. 

Agora, para saber como o programa funciona, outro detalhe fundamental é que o Minha Casa, Minha Vida é dividido em três faixas de renda, onde cada uma conta com regras e condições específicas. Confira a seguir. 

Quem tem direito ao subsídio do Minha Casa, Minha Vida?

Imagem de um casal composto por um homem e uma mulher sentados no chão de um imóvel cercados por caixas de papelão para ilustrar matéria sobre como funciona o subsídio do Minha Casa, Minha Vida
O programa conta com algumas faixas de renda e outras regras que determinam a possibilidade de participação

Para ter direito ao subsídio, é necessário que o interessado cumpra todos os requisitos estabelecidos pelo programa, desde a comprovação da renda familiar até a escolha de um imóvel que esteja dentro dos limites estipulados para a faixa de renda específica.

Existem alguns detalhes importantes: a faixa 1 é a única que pode ser subsidiada com até 95% do valor total da propriedade. Em casos como esse, o comprador deve arcar com apenas 5% do valor do financiamento do imóvel. 

Do mesmo modo, embora estejam desconsideradas as pessoas que recebem benefícios temporários do governo, quem estiver enquadrado na faixa 1 e sejam participantes do Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) terão as prestações isentas. Ou seja, para esse público, o imóvel será 100% gratuito. 

Famílias que se enquadram na faixa 2 e tenham renda mensal bruta máxima de R$ 4.400,00 poderão solicitar subsídio de até R$ 55.000,00. Todavia, famílias da faixa 3 não têm direito a subsídio. 

Confira a renda familiar máxima para cada área a seguir. 

Renda familiar em áreas urbanas

  • Faixa 1: renda mensal bruta de até R$ 2.640,00
  • Faixa 2: renda mensal bruta de R$ 2.640,01 a R$ 4.400,00
  • Faixa 3: renda mensal bruta de R$ 4.400,01 a R$ 8.000,00

Renda familiar em áreas rurais

  • Faixa 1: renda mensal bruta anual de até R$ 31.680,00
  • Faixa 2: renda mensal bruta anual de R$ 31.608,01 a R$ 52.800,00
  • Faixa 3: renda mensal bruta anual de R$ 52.800,01 a R$ 96.000,00

Confira os detalhes completos na tabela abaixo:

FaixasRenda familiar bruta mensal (áreas urbanas)Renda familiar bruta anual (áreas rurais)
Faixa 1até R$ 2.640,00até R$ 31.680,00
Faixa 2de R$ 2.640,01 a R$ 4.400,00de R$ 31.608,01 a R$ 52.800,00
Faixa 3de R$ 4.400,01 aR$ 8.000,00de R$ 52.800,01 a R$ 96.000,00

Para ambos os casos, o cálculo da renda bruta máxima, seja anual ou mensal, não considera benefícios assistenciais, indenizatórios e previdenciários, como auxílio-doença, seguro desemprego, auxílio-acidente, Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo (exceto para a faixa 1).

Valor do imóvel em áreas urbanas

  • Faixa 1: o imóvel pode custar até R$ 170.000,00
  • Faixa 2: o imóvel pode custar até R$ 264.000,00
  • Faixa 3: o imóvel pode custar até R$ 350.000,00

Valor do imóvel em áreas rurais

  • Novas moradias: o imóvel pode custar até R$ 75.000,00
  • Melhoria de uma moradia: o valor pode chegar a até R$ 40.000,00
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Taxas de juros do Minha Casa, Minha Vida

Em 2024, as taxas de juros para financiamento imobiliário pelo Minha Casa, Minha Vida passaram por atualizações. Com o ajuste, as taxas para a faixa 1 do programa se tornam a menor de toda a história da iniciativa habitacional. 

Embora variem de acordo com a região do país, as taxas mais baixas se destinam às famílias de menor renda, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. 

Assim, famílias cotistas (que tenham pelo menos 3 anos de recolhimento no FGTS) das regiões Norte e Nordeste do país com renda de até R$ 2 mil reais passam a pagar 4% (o que antes era 4,25%). Para as demais regiões brasileiras, a taxa saiu de 4,50% para 4,25%. Para as faixas 2 e 3 do programa habitacional, o limite máximo para a taxa de juros é de 8,16%. 

Ou seja, as taxas de juros (% ao ano) atualizadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida em 2024 ficam da seguinte maneira:

FaixasRenda mensal bruta totalCOTISTAS

Norte e Nordeste
COTISTAS

Sul, Sudeste e Centro-Oeste
NÃO COTISTAS

Norte e Nordeste
NÃO COTISTAS

Sul, Sudeste e Centro-Oeste
Faixa 1até R$ 2 mil4,00%4,25%4,50%4,75%
Faixa 1de R$ 2 mil a R$ 2.640,004,25%4,50%4,75%5,00%
Faixa 2de R$ 2.640,01 a R$ 3.200,004,75%5,00%5,25%5,50%
Faixa 2de R$ 3.200,01 a R$ 3.800,005,50%5,50%6,00%6,00%
Faixa 2de R$ 3.800,01 a R$ 4.400,006,50%6,50%7,00%7,00%
Faixa 3de R$ 4.400,01 a R$ 8.000,007,66%7,66%8,16%8,16%

Como conseguir subsídio do governo para compra de imóvel em 2024?

Imagem de um homem e uma mulher segurando a chave de um imóvel para ilustrar matéria sobre como saber o valor do subsídio do Minha Casa, Minha Vida
O subsídio é liberado para famílias que se enquadram nas faixas 1 e 2 do programa

Conquistar uma casa ou apartamento com subsídio do governo pode proporcionar diversas vantagens ao comprador. Afinal, além da redução do valor do financiamento imobiliário, o subsídio também diminui consideravelmente o valor e quantidade de parcelas mensais, o que torna o pagamento mais acessível ao orçamento familiar. 

Na prática, o subsídio é aplicado diretamente no momento da concessão do financiamento habitacional. Assim, esse valor é deduzido do preço de venda do imóvel, reduzindo o montante que precisa ser financiado junto à Caixa Econômica Federal. 

Para que isso seja possível, é necessário seguir as regras determinadas pela iniciativa, como estar dentro da faixa de renda máxima e garantir que o valor do imóvel seja compatível com a renda familiar mensal, para áreas urbanas; e anual, para áreas rurais. 

No caso das famílias da faixa 1, o governo pode subsidiar até 95% do valor do imóvel, com um limite máximo de R$ 170 mil para áreas urbanas e R$ 75 mil para áreas rurais. 

Além disso, há a possibilidade de utilizar o subsídio do FGTS, disponível para as faixas 1 e 2, que oferece um subsídio de até R$ 55 mil para o valor de entrada da propriedade. Famílias enquadradas na faixa 3 não têm direito a receber subsídios.

Regras para participar do Minha Casa, Minha Vida

Para participar do programa Minha Casa, Minha Vida em 2024, além de atender aos critérios de renda e limites no valor do imóvel, as famílias precisam cumprir diversas outras regras estabelecidas pelo governo federal e pelas prefeituras municipais. São elas: 

  • Atender aos critérios específicos definidos pelo governo federal e pelas prefeituras municipais;
  • Comprovar capacidade de pagamento das prestações do financiamento;
  • Estar em dia com obrigações financeiras junto aos órgãos públicos;
  • Não possuir imóvel próprio;
  • Não possuir restrições de crédito;
  • Não ser empregado(a) da Caixa Econômica Federal (e nem ser casado(a) com um);
  • Não ter sido beneficiado por outro programa habitacional do governo;
  • Não ter sido condenado por crimes relacionados à habitação ou ao programa habitacional;
  • Possuir capacidade civil para assinar contratos;
  • Residir na cidade onde deseja adquirir o imóvel;
  • Ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no país;
  • Ter idade mínima de 18 anos ou ser emancipado;
  • Ter o cadastro aprovado pelo órgão responsável pelo programa na cidade.

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Como participar do Minha Casa, Minha Vida?

Se você atende a todos os requisitos listados anteriormente, o primeiro passo é apresentar alguns documentos para se cadastrar no programa habitacional. Veja quais são:

  • Documento de identificação com foto (RG ou CNH);
  • CPF;
  • Carteira de trabalho;
  • Comprovante de Renda;
  • Comprovante de estado civil;
  • Título de eleitor;
  • Comprovante de residência;
  • Caso tenha filhos menores de idade, apresentar as certidões de nascimento e o CPF deles;
  • Caso seja portador de necessidades especiais, apresentar um laudo médico com CID.

Faixa 1

Famílias que se enquadram nas regras de renda estabelecidas pela faixa 1 devem procurar a prefeitura do município onde residem para se inscrever no programa. É neste momento que devem levar a documentação exigida. 

Faixas 2 e 3

Agora, pessoas com renda que se enquadram nas faixas 2 e 3 devem escolher um imóvel novo ou usado com valor dentro do limite estipulado pelo programa. Em seguida, basta fazer uma simulação de financiamento diretamente pelo site da Caixa Econômica Federal. 

Após a simulação, os interessados devem juntar todos os documentos, incluindo a documentação do imóvel, e ir até uma agência da Caixa para solicitar a liberação do crédito imobiliário. A análise para a aprovação ou recusa do financiamento pode demorar até 30 dias. É nesse momento que a instituição bancária irá determinar se você atende às regras e se tem condições de arcar com o financiamento imobiliário. 

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