Uma redução na demanda e, consequentemente, no preço dos imóveis nos Estados Unidos está preocupando todo o mundo por ser um forte indicador de recessão na maior economia do planeta.

Na China, a inadimplência dos financiamentos e a insolvência das incorporadoras já é motivo de debates desde o ano passado – e tudo é prejudicado pela alta dos juros e pelos problemas de logística em todo mundo, nesta época de pós-pandemia e conflitos geopolíticos.

Se a questão já é de grande relevância para a economia como um todo, imagine para quem tem nos imóveis a classe de ativos favorita para investir?

Além disso, surge a preocupação: essa crise poderia afetar de alguma maneira o investidor de imóveis brasileiro?

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O que está acontecendo com o mercado imobiliário dos EUA?

A origem da crise no mercado imobiliário americano está muito mais ligada à política monetária do país e às perspectivas de preço para o futuro do que a algum problema estrutural.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, a alta dos juros imposta pelo Federal Reserve (Banco Central dos EUA) está fazendo a demanda por imóveis desabar, o que naturalmente leva seus preços para baixo.

O motivo é simples de ser explicado: juros mais altos geram financiamentos mais caros, o que reduz o valor que os compradores estão dispostos a desembolsar por um imóvel.

Leia também: Aprenda o que é taxa de financiamento imobiliário e saiba como fazer o melhor negócio na compra da casa própria

Bem, mas esse seria um bom momento para quem tem o dinheiro disponível comprar barato, certo? O problema é que, segundo a Bloomberg, não só a demanda como também a oferta está bem restrita.

Isso ocorre porque a grande maioria dos proprietários de imóveis nos EUA está vinculada ao sistema de hipotecas – e não é de interesse deles trocar de financiamento em meio a uma alta dos juros. A previsão da agência de risco Moody’s é a de que os preços das propriedades possam cair entre 5% e 25%.

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E na China, quais os motivos da crise?

A crise imobiliária chinesa, por outro lado, tem uma origem mais estrutural, relacionada ao sistema econômico do país asiático.

Embora os juros altos colaborem com a perspectiva de que as dívidas estão caras agora – ou seja, compensa assumi-las no futuro, quando estiverem mais baratas –, as incorporadoras locais já vinham sofrendo desde o ano passado com a inadimplência e problemas de solvência.

Leia também: Como evitar a inadimplência ao alugar imóveis?

No gigante asiático, inclusive, é comum que a população mais rica concentre boa parte de seu patrimônio em imóveis.

Para piorar, existe um gargalo logístico relacionado às cadeias globais que gera entraves para o setor de construção civil no país.

E no Brasil, pode acontecer algo similar?

Obviamente, pontos críticos nas duas maiores economias mundiais acendem um sinal de alerta para o Brasil, em especial para quem investe em imóveis. Afinal, nosso mercado imobiliário poderia passar por uma crise de demanda e preços num futuro próximo?

Embora o mercado seja conduzido por diversas variáveis, pode-se afirmar que uma situação como essa é improvável, já que o modelo de construção civil e financiamento é bem diferente por aqui.

A própria Fundação Getúlio Vargas revisou para cima a expectativa de crescimento da construção civil no ano, de 3,5% para 4,5% ou até mesmo 5%.

Já segundo a plataforma de investimentos TradeMap, as ações do setor imobiliário na Bolsa  estão subindo, por conta das boas expectativas do mercado.

O principal motivo é o de que o Brasil é uma das primeiras das principais economias globais a chegar próxima a seu pico da alta dos juros, diferentemente da Europa ou dos EUA.

De maneira bem simplista, os bancos centrais sobem os juros para conter a inflação, mas isso vem junto com o custo de desestimular a economia. O Brasil começou a subir os juros (Selic) em 2021, escalando de 2% para os atuais 13,25% ao ano. No “primeiro mundo”, esse movimento só começou a ser acelerado agora.

Enquanto isso, nós já estamos praticamente chegando ao pico: embora os juros sigam altos agora, a projeção é de que eles se estabilizem e passem a cair em 2023.

Além de estimular a economia, esse movimento torna o financiamento imobiliário mais barato e deixa mais previsível e segura a contração de dívidas.

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Momento é melhor para alugar do que vender

Bem, mas diante desse cenário de juros altos com perspectiva de queda e chances de recessão global, como o investidor de imóveis deve se portar?

Analisando comparativamente, o momento é mais propício para alugar o imóvel do que para vender. Como os juros estão altos, o financiamento fica muito caro, o que leva quem busca moradia a:

  • Ter uma disposição a comprar imóveis com valores mais baixos;
  • Demandar imóveis para aluguel.

Quando os juros começarem a cair, no entanto, esse custo do financiamento deve ficar mais barato e o valor pago pelas propriedades pode ser maior.

De qualquer maneira, conforme já dissemos em outros artigos, o investimento em imóveis tem como características a segurança e a rentabilidade no longo prazo, além de envolver recursos significantes.

Desse modo, embora seja interessante que o investidor avalie as questões econômicas para tomar suas decisões e esperar o momento mais propício para elas, não é interessante ficar mudando de estratégia por conta de variáveis que têm ciclos e oscilam ao longo dos anos, como é o caso dos juros.

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