O ano eleitoral cercou de expectativas todos os agentes econômicos, entre eles os investidores, já que as incertezas que rondavam a disputa dificultavam previsões mais concretas a respeito dos fatores que afetam a rentabilidade dos ativos do mercado. Com os imóveis, não foi diferente.

Mas agora, definidos os representantes da política brasileira pelos próximos quatro anos, o que se pode esperar para o mercado imobiliário depois das eleições?

Embora seja difícil cravar ou projetar um cenário “bom” ou “ruim”, a dissipação das incertezas e a redução dos riscos de ruptura institucional permitem fazer a leitura de alguns direcionamentos, tanto do setor em si como da economia como um todo.

Abaixo, levantamos alguns fatores diretamente vinculados às políticas adotadas pelos governantes e que, direta ou indiretamente, podem afetar o bolso dos investidores de imóveis.

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Juros e inflação no mercado imobiliário depois das eleições

Entre as duas variáveis mais importantes para o investidor de imóveis estão os juros e a inflação.

Por um lado, os juros determinam o custo do dinheiro na economia, impactando diretamente nas taxas de financiamento, mas também trazendo efeitos indiretos, como o possível aumento da demanda por aluguéis.

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Por outro, a inflação interfere no poder de compra dos inquilinos e tende a frear o mercado. Apesar disso, os imóveis são justamente uma das melhores categorias de ativos para se proteger da corrosão do dinheiro.

Na tentativa de conter a forte inflação que estava em dois dígitos até alguns meses atrás, o Copom escalou a taxa básica de juros (Selic), saindo de 2% em março de 2021 para 13,75% ao ano.

Entretanto, com os preços caindo razoavelmente nos últimos meses, o órgão vinculado ao Banco Central manteve a taxa represada em suas últimas duas reuniões.

As perspectivas de mercado, conforme divulgadas pelo Boletim Focus desta segunda-feira (07), apontam para uma Selic de 11,25% em 2023 e 8% no ano seguinte. Já a projeção do IPCA é de 4,94% no ano que vem e 3,5% em 2024. Ou seja: há expectativa de redução dos juros, mas de maneira pouco acentuada, e de inflação positiva, mas controlada.

Essa queda escalonada justifica-se pelo momento difícil da economia global, que vive com inflação alta e juros subindo, enquanto no Brasil o pior parece ter passado. Apesar disso, é importante lembrar que parte da deflação registrada nos últimos meses deriva da queda do preço do petróleo no mercado internacional e da renúncia fiscal promovida pelo governo federal.

Uma eventual redução dos juros e controle da inflação tenderia a aquecer o mercado imobiliário (ou ao menos mitigar os possíveis efeitos de uma recessão mundial).

Segundo dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), por exemplo, mesmo com os juros altos, os lançamentos em setembro subiram 5,9% em relação ao mesmo mês do ano passado na capital paulista. Para o período de 12 meses, a alta é de 1%, o que indica estabilidade mesmo com um custo de financiamento bem maior.

De acordo com a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a concessão de crédito imobiliário no país em 1 ano caiu 9,6%.

Os dados indicam, portanto, que o mercado seguiu seu fluxo, apesar do financiamento mais complicado e das incertezas eleitorais. Com juros menores, portanto, pode haver um aquecimento dos novos lançamentos e aumento da oferta de imóveis.

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Efeito eleições

Sempre que há eleições, uma parte do mercado se preocupa. Esse receio, contudo, pode estimular a atratividade dos imóveis, já que, por serem ativos de valor real, eles tendem a se valorizar acima da inflação e são usados como escudos para eventuais momentos mais frágeis da economia nacional.

Por outro lado, há uma grande expectativa de que o mercado de imóveis seja aquecido por políticas de habitação, especialmente voltadas para a população mais carente, por meio de programas como o “Minha Casa, Minha Vida” ou o “Casa Verde e Amarela”.

Dados levantados pelo Estadão, em parceria com a consultoria TradeMap, indicam um ótimo desempenho das ações de incorporadoras, como Tecnisa, Viver e Mitre, após as eleições, o que sinaliza a visão de que, para o mercado, o novo governo deve aquecer os programas habitacionais.

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E o aluguel, como fica no mercado imobiliário depois das eleições?

Naturalmente, uma maior oferta de imóveis novos tende a facilitar a aquisição da casa própria, reduzindo a pressão de demanda pelo aluguel no mercado imobiliário depois das eleições.

Entretanto, como esse estímulo governamental tende a ser direcionado para as classes mais baixas e os juros não devem cair bruscamente, isso dificilmente deve se refletir em uma queda de rentabilidade para o investidor. Além disso, ainda há um forte déficit habitacional no país.

Como os imóveis são investimentos de longo prazo, que tendem a passar por diversos governos e períodos econômicos, o investidor não pode tomar decisões baseadas em variáveis momentâneas e cíclicas.

Entretanto, é fundamental estar sempre atento para rentabilizar o próprio patrimônio ao máximo. No caso dos imóveis, isso significa reduzir a vacância, precificar corretamente e pagar menos taxas.

Tudo isso é possível tornando-se um proprietário parceiro do QuintoAndar, a maior plataforma de moradia do Brasil.

Além de contar com a maior exposição e número de potenciais inquilinos do país, com um contrato fechado a cada cinco minutos, o QuintoAndar conta com um processo extremamente seguro e nada burocrático, o que facilita que bons acordos sejam selados em questão de dias.

A plataforma também auxilia, com o uso de dados, ferramentas inteligentes e o suporte de especialistas, na precificação correta (aquela que entrega a melhor rentabilidade para o investidor) e ainda dá uma série de vantagens para quem possui 5 ou mais imóveis, como taxas diferenciadas, garantia do aluguel em caso de inadimplência e até mesmo a cobertura de eventuais avarias deixadas pelo inquilino.

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